Pontos de vista - Alfredo Franco Neto

Uma das maiores urgências que existe no País. Eu particularmente não acredito que o governo, com sua voracidade tributária, abra mão de suas receitas. É mais fácil tributar do que criar iniciativas que façam o país voltar a crescer. Sou favorável a redução do número de impostos, para um, dois ou três.

Minha opinião é que até a data da aprovação das novas regras, prevaleça-se o direito adquirido. A partir daí prevaleçam as novas regras que forem aprovadas.

Se é necessário fomentar a criação de novos postos de trabalho, é necessário também a urgência de desonerar a classe produtiva, como a microempresa e a empresa de pequeno porte. É verdade que as leis trabalhistas protegem aqueles que estão empregados, mas inibem a criação de novos empregos. É preciso fazer com que a a carga tributária incidente saia do patamar de 104% para algo razoável em torno de 20% ou 30%. Poderia ser criado dois regimes trabalhistas, um com os direitos e outros sem certos direitos. No segundo, a desoneração dos tributos, obrigariam o empregador a contratar o dobro. A opção seria facultativa às empresas que adotassem o novo regime. Com certeza o número de empregos dobraria em curto espaço de tempo, tendo-se dois regimes trabalhistas.

Parece uma tendência irreversível. O saneamento de centenas de empresas brasileiras com posterior venda a grupos nacionais ou internacionais, com vinculação de seus produtos ou serviços ao dólar, nos inclui numa ciranda financeira da qual o país não é capaz de arcar. Precisamos incentivar o mercado regional brasileiro e o mercado latino americano (Mercosul) como forma de estar menos vulneráveis às normas financeiras ditadas pelos conglomerados financeiros.

O Brasil pode produzir energia barata, como o alcool, entretanto há necessidade de termos  regras claras e uma política onde não se produza açucar quando o mercado externo estiver mais favorável. A produção de óleo vegetal, como o  dende, que pode ser usado nos motores diesel sem nenhuma conversão, como alternativa ao óleo Diesel, fomentariam o mercado interno, com milhares de novos empregos e inverteriam parte do fluxo de capital,  evitando saída de dólares com a conta do petróleo. O investimento em energia termoelétrica, solar e eólica reduziriam substancialmente nossa conta de energia. No Brasil tem-se um potencial eólico equivalente a duas Itaipu e o potencial solar equivalente a milhares de Itaipu.